domingo, 19 de agosto de 2012

Mensagem aos Catequistas


Queridos Catequistas das Arquidioceses e Dioceses do Regional Sul 1, reunidos em concentração,  ou assembleia na celebração do “Dia dos Catequistas”. Que a paz do Cristo esteja com vocês! Quero, em nome de nossa Comissão, saudá-los e parabenizá-los pela bonita e importante missão que desempenham na ação evangelizadora da Igreja.

O mesmo objetivo da ação evangelizadora nos une: Continuar a missão iniciada por Cristo. E Ele mesmo disse: “Ide fazer discípulos entre todas as nações e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 19-20).

O catequista é, antes de tudo, um discípulo e missionário de Jesus Cristo. Por isso, procura viver na sua proximidade e intimidade. Nossa catequese deve propiciar este encontro com Jesus através da partilha da Palavra, dos momentos de oração e da vivência fraterna. A fé, mais do que um conjunto de conhecimentos é, antes de tudo, um encontro com o nosso Mestre e Senhor. É nesta relação amorosa que os catequizandos precisam aprender e viver.

O amor por Cristo leva os catequistas a seguir a sua mensagem numa comunidade fraterna. Mesmo se a fé é uma decisão pessoal, ela só cresce na convivência com os outros. A experiência de uma comunidade de fé e de amor é fundamental para quem quer ser discípulo/a de Jesus. A catequese não pode ser vivida de maneira isolada, mas na sua comunidade, que é fonte, lugar e meta da catequese.

O zelo apostólico do catequista o leva a ser missionário. Não podemos guardar para nós o tesouro que recebemos. Num mundo marcado por tanto problema de linha ideológica e religiosa precisamos anunciar e testemunhar Jesus Cristo, cujo conhecimento é a plena realização do ser humano. O Papa Bento XVI, nos recorda que os catequistas são colaboradores competentes dos bispos e merecedores de confiança, e também não são simples comunicadores de experiência de fé, mas devem ser autênticos transmissores das verdades reveladas (cf. Discurso aos bispos do Brasil).

Mais do que nunca, a nossa catequese é chamada a transformar a realidade na qual vivemos. Neste período em que antecede a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é preciso lançar luzes para que nossos jovens sejam bem acolhidos e evangelizados em nossas comunidades. A catequese deve lançar as luzes da fé sobre as angústias e as esperanças de nossa juventude e do mundo de hoje. A verdadeira fé nunca se acomoda, mas vive na esperança que outro mundo é possível.

Parabéns a vocês Catequistas, e que Deus os mantenha firmes neste ministério, pela intercessão de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe! Receba um fraterno abraço de toda a Equipe de Coordenação da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, do Regional Sul 1. Cristo é a nossa paz!

Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo da Diocese de Limeira e
Pres. Comissão para a Animação Bíblico-Catequética

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Assembleia Diocesana da Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Santos.

Acontecerá no dia 19 de agosto, das 08 as 17 horas, no
Colégio Liceu Santista - Santos-SP, com
Celebraçao Eucaristica as 09 horas presidida pelo bispo D. Jacyr Francisco Braido 
Confira o vídeo elaborado pela Assessoria de Imprensa da Diocese.




quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Como chegar a uma Animação Bíblica de toda a Pastoral?

OS CAMINHOS DA PASTORAL BÍBLICA
Francisco Orofino

São inegáveis os avanços conseguidos pela Igreja católica, a partir do desafio colocado  pelo Vaticano II, em colocar a Bíblia nas mãos dos fiéis. Ao longo dos últimos 50 anos  nossa Igreja fez uma caminhada em que buscou recuperar o tempo perdido, lançando-se num processo que deve ser analisado a partir das renovações propostas pelo Concílio. 

Os resultados que temos hoje foram alcançados através de passos importantes. Um primeiro passo foi, literalmente, colocar uma Bíblia nas mãos dos fiéis. Não era costume dos fiéis católicos terem uma Bíblia para seu uso pessoal. Isto exigia rapidez em novas edições trazendo traduções novas, numa linguagem atualizada. Exigia também grandes tiragens que alcançassem um preço acessível aos fiéis. Esta meta foi 

atingida a partir dos anos 70, com a confecção de Bíblias populares, tais como a Bíblia a Ave Maria, Vozes, Pastoral etc. As grandes tiragens de Bíblias continuam sendo feitas, mantendo os preços das Bíblias dentro das possibilidades das pessoas mais pobres.


Anualmente no Brasil vendem-se cerca de 7 milhões de Bíblias. O surgimento das pastorais bíblicas diocesanas incentivou muito a distribuição de Bíblias aos fiéis. Este passo ainda é necessário. Prova disso é a Campanha nacional de doação de um milhão de Bíblias, promovido pela CNBB. Mas o importante neste passo é que, gradativamente, a Bíblia foi se tornando um livro caseiro, de devoção e de referencia dos católicos. Hoje a grande maioria dos fiéis tem uma Bíblia para seu uso pessoal. 

Um segundo e importante passo foi o desenvolvimento de um método de leitura e interpretação dos textos bíblicos que ajudasse os fiéis a se apropriar do conteúdo bíblico. Este objetivo foi alcançado através da popularização do método pastoral ver-julgar- agir aplicado na leitura popular da Bíblia. Surgiram assim os círculos bíblicos. O material proposto em um círculo partia sempre de um fato da vida (ver) seguido de um estudo ou aprofundamento de um texto bíblico relacionado ao fato (julgar). O estudo, sempre comunitário, concluía apontando pistas pastorais dentro de uma celebração (agir). Assim, a Pastoral Bíblica em muitas dioceses começou com as equipes diocesanas de Círculos Bíblicos. 



Dados estes dois importantes passos, podemos reconhecer que Pastoral Bíblica, num primeiro momento, significava animar e motivar as comunidades para constituir Círculos Bíblicos, bem como o apoio necessário para que as pessoas fossem tendo mais autonomia no uso da Bíblia. Dentro deste esforço destacamos as várias propostas de cursos e de publicações que de fato ajudaram o povo católico a se apropriar do conteúdo dos textos bíblicos. Tais esforços, como a iniciativa do Mês da Bíblia, são de reconhecida importância para a vida eclesial. 

Estes passos revelaram também a existência de um grande interesse, por parte dos fieis. Existe uma vontade de saber mais a respeito da Palavra de Deus na Sagrada Escritura. Interesse este que muitas vezes esbarra na resistência dos párocos, inseguros nas respostas e nas modificações propostas pela leitura bíblica feita nas comunidades. 

Olhando agora retrospectivamente esta caminhada de quase 50 anos, percebe-se também que uma Pastoral Bíblica não é ainda um projeto prioritário na maioria das dioceses, paróquias e comunidades. Há esforços localizados para uma adequada formação bíblica, mas a grande maioria das dioceses nunca elaborou um projeto consistente de Pastoral Bíblica capaz de formar agentes de pastoral que possibilitem dar este terceiro e importante passo: a animação bíblica de toda a Pastoral. 

Creio que alguns pontos devem ser ressaltados se queremos avançar na formação bíblica de agentes de pastoral, capazes de animar biblicamente toda a Pastoral: 
1. Devemos constatar que está em andamento uma descoberta progressiva de que a Palavra de Deus não está só na Bíblia, mas também na vida, e de que o objetivo principal da leitura da Bíblia não é interpretar a Bíblia, mas sim interpretar a vida com a ajuda da Bíblia. Descobre-se que Deus fala hoje, através dos fatos. Isto gera um entusiasmo muito grande. Não é tanto por causa das coisas novas que eles descobrem na Bíblia, mas muito mais por causa da confirmação que recebem de que a caminhada pastoral que estão fazendo é uma caminhada bíblica e, assim, neles se renova a esperança. A Bíblia ajuda a descobrir que a Palavra de Deus, antes de ser lida na Bíblia, já existia na vida. “Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia” (Gn 28,16)! 

2. A Bíblia entra por uma outra porta na vida do povo. Ela não pela porta da imposição autoritária, mas sim pela porta da experiência pessoal e comunitária. Ela se faz presente não como um livro que impõe uma doutrina de cima para baixo, mas como uma Boa Nova que revela a presença libertadora de Deus na vida e na luta do povo. Os que participam dos grupos bíblicos, eles mesmos se encarregam de divulgar esta Boa 
Notícia e atraem outras pessoas para participar (Pastoral Missionária). “Venham ver um homem que me contou toda a minha vida!” (Jo 4,29). Por isso, ninguém sabe quantos grupos bíblicos existem. Só Deus mesmo! 

3. Lendo assim a Bíblia, produz-se uma iluminação mútua entre Bíblia e vida. O sentido e o alcance da Bíblia aparecem e se enriquecem à luz do que se vive e sofre na vida, e vice-versa. Para que se produza esta ligação profunda entre Bíblia e vida, é importante: 
a) Ter nos olhos as perguntas reais que vêm da vida e da realidade sofrida de hoje. Aqui aparece a importância de o estudioso da Bíblia ter convivência e experiência pastoral inserida no meio do povo. b) Descobrir que se pisa o mesmo chão, ontem e hoje. Aqui aparece a importância do uso da ciência e do bom senso tanto na análise crítica da realidade de hoje como no estudo do texto e seu contexto social. c) Ter uma visão global da Bíblia que envolva os próprios leitores e leitoras e que esteja ligada com a situação concreta das suas vidas. 

4. A interpretação que o povo faz da Bíblia é uma atividade envolvente que compreende não só a contribuição intelectual do exegeta, mas também e sobretudo todo o processo de participação da Comunidade (Pastoral de Conjunto): trabalho e estudo de grupo, leitura pessoal e comunitária, teatro, celebrações, orações, recreios, “enfim, tudo que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer maneira merece louvor” (Fl 4,8). Aqui aparecem a riqueza da criatividade popular e a amplidão das intuições pastorais que vão nascendo com esta leitura. 

5. Para uma boa interpretação da Bíblia, é muito importante o ambiente de fé e de fraternidade, através de cantos, orações e celebrações (Pastoral Litúrgica). Sem este contexto do Espírito, não se chega a descobrir o sentido que o texto tem para nós hoje. Pois o sentido da Bíblia não é só uma idéia ou uma mensagem que se capta com a razão e se objetiva através de raciocínios; é também um sentir, uma consolação, um conforto 
que é sentido com o coração, “para que, pela perseverança e pela consolação que nos proporcionam as Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15,4).

(FONTE desse e de tantos outros materiais sobre o 1º Congresso da Animação Bíblica da Pastoral - Vale a pena conferir!) 


Simpósio de Animação Bíblica da Pastoral - Regional Sul 1 - CNBB




Objetivo Geral: Suscitar, a partir da animação bíblica, um renovado vigor para a vida e a ação pastoral da Igreja no Regional Sul 1.

Objetivos específicos:
Conhecer: Acentuar o conhecimento da Palavra que se torna viva, orante, alimento, sustento e fundamento da toda ação pastoral;
Amar: Incentivar a contemplação da Palavra e sua dimensão profética, caritativa e transformadora que dá sentido a vida de quem a medita no seu coração;
Viver: Articular e acentuar a centralidade da Palavra no agir, planejar e ações de toda pastoral.

Programa e Assessores:
29.09 (sábado) - manhã:
O conhecimento da Palavra de Deus para Animação Bíblica da Pastoral”.
· Pe. Boris Agustin Nef Ulloa – Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma- Itália); Mestre em Teologia Dogmática com Concentração em Estudos Bíblicos pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (São Paulo - Brasil); Professor Assistente Doutor no Departamento de Teologia Fundamental da PUCSP ; Coordenador do curso de Graduação em Teologia da PUCSP ; Professor do Programa de Pós-Graduação em Teologia da PUCSP

29.09 (sábado) - tarde:
“Contemplar a Palavra que da sentido a vida dos discípulos missionários de Jesus Cristo”.
· Dom Leonardo Ulrich Steiner – Bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília; Secretário Geral da CNBB; Mestre e Doutor em Filosofia

30.09 ( domingo) - manhã:
“Centralidade da Palavra de Deus na ação pastoral”.
· Pe. Jânison de Sá – Doutor em Sagrada Teologia, com ênfase em Catequese e Pastoral Juvenil. Faz parte do Grupo de Reflexão Bíblico-Catequética (GREBICAT) CNBB. Integrante do grupo de Catequetas. Membro da Sociedade de Catequetas Latino-Américanos e reitor do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição. Foi assessor nacional no quadriênio de 2004-2007.

Destinatários:
Representantes de cada diocese ( catequistas e outros agentes de pastoral )

Maiores  detalhes, clique na  imagem abaixo:






sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O que é um Concílio?

Um concílio ecumênico é uma reunião oficial de autoridades eclesiásticas com o objetivo de discutir e deliberar sobre importantes questões doutrinais e pastorais (fé e moral). Suas decisões tem um valor muito especial e compromete a Igreja toda. Mas pode haver também Concílios Nacionais, Provinciais, Diocesanos. Entretanto, para estes, cabe melhor o termo Sínodo (syn-junto, odos-caminho), isto é, dialogar e procurar consensos para um caminhar unido e coeso da Igreja. Nos Atos dos Apóstolos, cap.15, 1-35, há informações sobre o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja Cristã. Aconteceu em Jerusalém, para questões da adaptação do cristianismo no mundo greco-romano, tão diferente do mundo judeu, onde nascera.

Leia CLICANDO AQUI, o texto de irmão Nery, onde ele coloca toda sua emoção ao falar dos 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II...