quinta-feira, 11 de outubro de 2012

CONCÍLIO E ANO DA FÉ


*Por Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP)
O dia 11 de outubro, data comemorativa da abertura do Concílio, foi também escolhido como data de abertura do Ano da Fé. Assim, o Ano da Fé se apresenta como vinculado ao Concílio Vaticano II.
Existe uma insistência proposital em torno desta data de onze de outubro.Tudo para enfatizar a importância eclesial do Concílio.
A Carta Apostólica, de convocação do Ano da Fé, é datada no dia 11 de outubro de 2011. A publicação do Catecismo da Igreja Católica, também ocorreu num dia 11 de outubro, em 1992. E agora, o Ano da Fé tem o seu início oficial neste dia 11 de outubro de 2012, jubileu do Concílio.
Tanta insistência não deixa de ter um significado especial. É o próprio Papa Bento XVI que a vincula com os objetivos do Ano da Fé, dizendo em sua Carla Apostólica “Porta Fídei”:
"Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, não perdem o seu valor nem a sua beleza”.
Portanto, o Ano da Fé foi colocado em conexão direta com o Concílio.  Foi a maneira de vincular a fé da Igreja com a proposta de renovação eclesial apresentada pelo Concílio.
É também um convite a valorizar mais os documentos do Concílio, que permanecem como bússola segura a iluminar os passos da Igreja no início deste novo milênio, como afirmou João Paulo II na Exortação Apostólica Tertio Millenio Ineunte.
Se recordamos que o Concílio levou quatro anos para se concluir, e que, portanto faltam ainda quatro anos para celebrarmos o seu encerramento, nos damos conta que este Ano da Fé se insere no contexto mais amplo, de uma sequência que poderá continuar. Nada obsta que tenhamos um “Ano da Esperança”, e se acontecer este, todo mundo vai ficar aguardando o “Ano da Caridade”.
Em todo o caso, o fato consistente é a insistência de evocar o Concílio como referência para a Igreja discernir os passos que precisa dar em nosso tempo, marcado por tantas transformações, que afetaram inclusive a própria vida da Igreja.  Retomar sua identidade, e assumir sua missão, permanece como o desafio maior da Igreja em nosso tempo.
Esta vinculação profunda entre Concílio e Fé foi simbolizada na imponente cerimônia da abertura oficial do Concílio, em 11 de outubro de 1962. Um dos primeiros atos da celebração foi a solene profissão de fé, feita pelo Papa João XXIII, ajoelhado diante de todos os bispos, expressando a fé da Igreja, de forma solene, de acordo com o “Credo niceno constantinopolitano”, como para dizer que o Concílio não iria contradizer o “tesouro da fé”, recebido dos apóstolos.
A primeira tranquilidade que brota de dentro de nós, quando empreendemos qualquer iniciativa, é a certeza de contar com a bênção de Deus. Foi o que procurou fazer João XXIII, ao professar solenemente sua fé católica no momento de abrir o Concílio Ecumênico.
Tendo assumido o complexo tema referente à Igreja de Cristo, a partir do Concílio é  possível recuperar todos os grandes artigos de nossa fé. A começar pela constatação de que a Igreja é chamada a ser o reflexo da comunhão trinitária, da qual passamos a fazer parte pelo dom da fé, que nos envolve em comunhão fraterna.
Com este Ano da Fé fica fortalecido o significado do Concílio, incentivando-nos a acolher os seus autênticos ensinamentos, e sobretudo, deixando-nos imbuir do seu espírito de renovação eclesial.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Mística: O ROSTO DA NOSSA ESCOLA DE CATEQUESE

*Por Pe Geraldo Raimundo Pereira


Revendo nossa história... Olhando os caminhos percorridos pela evangelização, percebemos variadas formas de anúncio da Boa Nova. Nesta caminhada a Catequese sempre esteve presente na educação da fé. Os tempos fizeram a catequese marcar mudanças e neste contexto podemos observar quatro fases com características próprias.

1º CATEQUESE - INICIAÇÃO À FÉ E À VIDA COMUNITÁRIA (tempo dos apóstolos)
Foi o período do anúncio do evangelho feito pelos apóstolos. Despertava para o seguimento de Jesus Cristo, como processo de conversão; vivência fraterna na comunidade; celebração litúrgica centrada na partilha da Palavra e do Pão e no cuidado com a vida de todos os necessitados. Era uma catequese que conjugava a vida com a experiência de fé.

2º CATEQUESE - IMERSÃO NA CRISTANDADE (mais ou menos do século V ao séc. XVI)
Toda a pessoa que nascia nesta sociedade já mergulhava na vida cristã. Não existia outra prática de fé reconhecida, senão a religião cristão. Aquilo tudo contribuía para a vivência religiosa: costumes, arte, música, devoções... A pergunta principal era: O que devo fazer para alcançar a vida eterna?

* A fé estava ligada aos deveres cristãos;
* vivência cristã individualista e pouco comunitária;
* a catequese deixa de ser voltada à Palavra de Deus e perde sua força missionária;
* a vida cotidiana se mistura com a fé, porém sem muito compromisso transformador;
* o Batismo de crianças se generaliza e a catequese de adultos deixa de existir;
* a família, a pregação, a oração... eram responsáveis pela catequese. 

3º CATEQUESE POR INSTRUÇÃO (A partir do séc. XVI até o Vaticano II).
O cristianismo desse tempo se tornou enfraquecido, frente a uma vivência de fé sobre atos secundários: devoções, confrarias, procissões e sustentada por uma ignorância religiosa. Foi, também, um tempo de grandes acontecimentos como: a Reforma Protestante, Concílio de Trento, descoberta da imprensa, ocupação das terras latino-americanas, difusão das escolas, mudanças no modo de pensar,...

Para fazer frente às exigências desse tempo, a catequese utilizava-se do catecismo, que se tornou o principal instrumento da difusão da fé. A catequese passou a chamar-se de doutrina. Assim a catequese sai da família e da igreja para ir ao meio escolar, como ensino obrigatório.
1. O melhor cristão era aquele que mais sabia sobre religião e não aquele que se comprometia com a vida e a vivência da fé.
2. A atenção era dada as crianças e não aos adultos.
3. O importante era a fidelidade às fórmulas valorizando a exatidão e a clareza do ensino doutrinal. 
4. O catecismo tornou-se um referencial de segurança sobre as questões de fé.

4º CATEQUESE - EDUCAÇÃO PARA A FÉ E A VIDA (A partir do Vaticano II até os nossos dias)
Frente a uma Catequese racional, fria, abstrata, centrada nas fórmulas, era preciso voltar às fontes e apresenta-la com um novo rosto adequado para os nossos tempos. Com o Vaticano II, a Igreja abre suas portas para o novo e renova sua presença no mundo como sinal do Reino.

Em 1983, no Brasil, a catequese ganha um grande impulso com o documento da CNBB n.º 26 “Catequese Renovada”, Orientações e conteúdos. Nele se define a prática catequética: “A catequese é um processo de educação comunitária, permanente, progressiva, ordenada, orgânica e sistemática da Fé”.


Sua finalidade é a maturidade da fé, num compromisso pessoal e comunitário de libertação integral, que deve acontecer já aqui e culminar no Reino definitivo (CR 318). Suas características principais:
· Leva em consideração a pessoa e a comunidade;

· A Bíblia é o livro fonte;
· O adulto é o principal destinatário;
· Centralizada no segmento de Jesus Cristo;
· Privilegia a opção pelos pobres.

A catequese é elemento fundamental e constitutivo da Igreja e, portanto, para toda a Igreja e para todos (DGC 218).

O EUNUCO ETÍOPE (At 8,26-40) E A NOSSA ESCOLA DE CATEQUESE
O eunuco etíope é um homem cujo nome nós não sabemos. Sua conversão abrange quinze versos da Escritura e nunca mais é mencionado. Contudo, por causa dos detalhes revelados sobre a sua salvação, é um homem muito importante. Um eunuco era um escravo, preparado desde a infância ou juventude para ser um servo por toda sua vida. Este eunuco era o tesoureiro da Etiópia, uma posição de prestígio, sob o reinado da rainha Candace. Era certamente um homem bem educado e também muito religioso, pois viajou centenas de milhas através de montanhas e desertos para adorar em Jerusalém. Apesar de ter adorado na mais solene cerimônia judaica do ano, seu coração estava vazio e destituído de paz, sentando-se em sua carruagem, procurou as Escrituras em busca de um raio de esperança para sua pobre alma perdida.

Claro que foi Deus quem fez o sentir seu coração vazio e lhe mostrou que tinha uma necessidade profunda. Sem dúvida o eunuco sentiu sua profunda de encontrar-se como pessoa. O episódio do encontro de Filipe com o eunuco etíope, narrado pelos Atos dos Apóstolos, começa mostrando um primeiro passo importante que é a necessidade de “conhecer” a Sagrada Escritura e “interpretar a Palavra”. Percebe-se claramente no texto que o eunuco quis conhecer a Sagrada Escritura e Filipe foi chamado a interpretá-la. 

Quando Felipe foi até o eunuco, encontrou-o lendo o livro de Isaías, capítulo 53. Perguntou-lhe se entendia e o eunuco admitiu que precisava de alguém para auxiliá-lo em explicar o texto. É isso que é catequizar. Felipe subiu em sua carruagem e, a partir daquele capítulo mesmo, anunciou-lhe Jesus. 

A sagrada Escritura é o livro por excelência do catequista, portanto se faz necessário que o catequista descubra a revelação de Deus. Neste encontro do eunuco com Felipe, nasce o rosto de nossa escola. Ela começa a surgir como caminho para o conhecimento.

Conhecer e interpretar a Palavra de Deus, buscar os ensinamentos da Igreja, a pessoa humana e suas dimensões, isto é, descobrir-se como pessoa capaz do ser, do saber e do saber-fazer. 

O episódio do encontro de Filipe com o eunuco etíope, estabelece, a partir do anuncio de Jesus, a comunhão com Ele, a partir da oração com a Palavra. 

Narra-se: Então Filipe começou a falar e, partindo dessa passagem da Escritura, anunciou-lhe Jesus. Eles prosseguiram o caminho e chegaram a um lugar onde havia água. Então o eunuco disse a Filipe: ‘Aqui temos água. Que impede que eu seja batizado? ’. Os dois desceram para a água e Filipe batizou o eunuco (At, 8,35-38).

O texto apresenta claramente que graças à interpretação da Sagrada Escritura feita por Filipe, a Palavra leva o etíope à sua adesão de fé em Jesus Cristo; conhece e interpreta o texto de tal modo que o guia ao encontro pessoal com Jesus Cristo, enquanto Palavra salvadora de Deus; celebra a fé, recebendo o Batismo, tornando possível a alegria da salvação.

Seguindo os passos da Animação Bíblica da Pastoral que “é ajudar a perceber e vivenciar a revelação do mistério de Deus e do homem (Palavra de Deus), presente na Sagrada Escritura, mediante a comunhão e o diálogo permanente com o próprio Jesus Cristo, a revelação divina em plenitude”, nossa escola vai ganhando agora um corpo. 

“Na base de toda a espiritualidade cristã autêntica e viva, está a Palavra de Deus anunciada, acolhida, celebrada e meditada na Igreja” (VD 121).


A escola de catequese do nosso regional precisa de uma marca, um rosto, assim como acontece com organizações bastantes serias. Veja bem, o que não tem rosto, não tem identidade, não tem fisionomia. Não é mania nem fanatismo, é um recurso bem humano de dar rosto ao que fazemos. Nossa escola precisa marcar, fincar-se no chão da historia da catequese, precisa entusiasmar, numa linguagem bem popular, precisa “causar”. Sabe porque? Ninguém se entusiasma por uma coisa que não tem rosto, uma fisionomia.

Mística da escola de catequese não tem muito a ver com sentido espiritualista ou contemplativo de Deus, de seu mistério, mas no sentido de Espírito que anima o projeto de vida, pessoal ou grupal. Essa mística determina os objetivos, os princípios, a metodologia, as relações humanas de nossa escola regional. É ele que aponta a direção para onde se caminha. É a mística que ajuda a atingir com segurança o objetivo traçado pela escola.


O que pretendemos com esta escola? Ser um caminho formativo do discípulo missionário. O catequista é um discípulo missionário. Olhando para o texto de Felipe e o eunuco etíope (At 8,26-40), percebemos claramente que Felipe é a figura do catequista e o eunuco, alguém em busca do encontro com Deus. Felipe anuncia Jesus, a Palavra de Deus ganha voz em Felipe. É Deus quem fala na nossa voz. Sabe por que isso acontece? Porque o verdadeiro Catequista tem: 

· Na cabeça a fé no valor da dignidade humana.
· Nos olhos: A capacidade de enxergar a presença de Deus na realidade.
· Nos ouvidos: A escuta respeitosa e atenta.
· Na boca: O sorriso da alegria e da esperança.
· Nas mãos: A disponibilidade solidária e a partilha generosa.
· Nos pés: A coragem de desinstalar-se e sair, por fidelidade ao Evangelho.
· No coração: O amor e o compromisso pela vida, adesão e seguimento a Cristo vivo.

Podemos dizer que encontramos a nossa mística, o nosso rosto. Temos um texto bíblico para nos iluminar, um objetivo para ser alcançado e um lema para seguir. Veja como fica a nossa marca, o nosso rosto:

Tema: Caminho para o Discipulado Missionário
Lema: Fala Senhor na nossa voz. (At 8, 26-40).

Vamos assumir esta mística, ela é a luz que iluminará toda caminhada de formação. A mística vivida em comunidade desperta entusiasmo e capacidade para superar as barreiras. Ela une forças, sem anular as pessoas e os projetos pessoais válidos. A mística deve marcar a escola, os catequistas e os professores.

Vamos cantar: 
a)        Ref.: Aleluia, aleluia, aleluia! Jesus Cristo vai falar! Aleluia, aleluia! Ide pelo mundo o Evangelho anunciar! Mas como invocarão aquele em quem não creram, E como podem crer se ainda não ouviram, 
E como podem ouvir se não houver quem pregue, E como pregarão se não forem enviados? 

b)      Vejam, fui além das fronteiras, espalhei boa-nova: todos filhos de Deus ! Vida, não se deixe nas beiras, quem quiser maior prova: venha ser um dos meus! 
Ref.: Por onde formos também nós que brilhe a tua luz! Fala Senhor na nossa voz, em nossa vida. Nosso caminho então conduz, queremos ser assim! Que o pão da vida nos revigore no nosso "sim". 

 Que o Senhor da vida, realize em nós o milagre da multiplicação de nossos esforços no serviço da Catequese.

Vamos concluir este momento com esta oração, fazendo seu um dos símbolos.
Senhor faça de mim um catequista:
• Agua: que faz crescer a vida, através de tua Palavra;
• Ponte: capaz de unir distâncias, separações, desencontros, desafetos, trazendo alegria no viver.
• Caminho: que aponta para mais esperança, coragem e confiança diante dos desafios da sociedade.
• Porta: que abre passagens para os excluídos encontrarem mais dignidade;
• Luz: capaz de iluminar as situações humanas, para descobrir nelas o teu rosto;
• Sal: que possa dar gosto e sabor a todos os chamados da catequese;
• Perfume: capaz de exalar a ternura, a bondade, a amizade, nos diversos ambientes de convivência;

Minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo. (Sl 41,3) - Assim como o povo de Deus no deserto, experimentou a provação, particularmente da sede. Jesus nos convida a saciarmos com água viva.


Todos nós cristãos somos chamados a transformar o mundo. Ser luz, ser sinal de vida, de esperança e apontar para Cristo que salva a todos.
TU ÉS A LUZ, SENHOR, DO MEU ANDAR, SENHOR, DO MEU LUTAR, SENHOR, FORÇA NO MEU SOFRER. EM TUAS MÃOS, SENHOR, QUERO VIVER.
A luz é a Ressurreição de Jesus. Assim deve o catequista que crê em Jesus Cristo e continua sua missão: ser luz para iluminar e orientar. É preciso, pois, no mundo urbanizado, retomar a vivência comunitária, característica fundamental da primeira Igreja. É lá que brilha a nossa luz.


Como catequistas, uma vez seduzidos por tão grande amor, não podemos ficar parados, quietos. Somos convidados a carregar nossa cruz e seguir os passos do Mestre. Dizer-se cristão é assumir como projeto de vida o que Jesus fez e viveu. Configurar-se com o Mestre não é fácil, é por isso que Ele mesmo nos diz:
“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Mt 16,24). 


Eu sou o caminho, a verdade e a vida!
Caminhar é ir em busca de metas, prever um fim, uma chegada. O catequista é alguém que caminha e ajuda outros a mover-se na construção de um mundo mais humano e cristão. 
Se caminhar é preciso, caminharemos unidos, e nossa voz no deserto fará brotar novas fontes. E a nova vida na terra será antevista nas festas. É Deus que está entre nós em esperança solidária.




Bibliografia

Bíblia de Jerusalém - revista e atualizada- São Paulo: Paulus, 2002.
PAPA BENTO XVI. Exortação Apostólica Verbum Domini - São Paulo: Paulinas 2010.
CNBB Doc. 26 - Catequese Renovada –orientação e conteúdo – 1983.
CONGREGAÇÃO PARA O CLERO - Diretório Geral para a catequese - 5ª ed. - São Paulo: Paulinas, 2009.
CNBB Doc. 84 - Diretório Nacional de Catequese - 10ª ed. - São Paulo: Paulinas, 2011.
CNBB Doc. 50 - Formação dos Catequistas. Paulinas, São Paulo 1990.
CNBB Doc. 95- Ministério do Catequista. 2 ed. São Paulo: Paulus, 2008
CNBB Doc. Instrumento de estudo, Escolas Catequéticas- Orientações.apostila-pp 6-7. 2012
CADERNOS CATEQUÉTICOS. “Espiritualidade do Catequista”. São Paulo: Palcos, 1998.
DIOCESE DE OSASCO. Espiritualidade do Catequista: caminho, formação, vida na missão catequética. São Paulo: Paulus.
CRUZ, Terezinha Motta Lima. Este Mundo de Deus: educar para a espiritualidade do cotidiano. São Paulo: Paulus, 1999.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Encerramento do 1º Simpósio da Animação Bíblico da Pastoral



Caros irmãos e irmãs!

Chegamos ao final do 1º Simpósio de Animação Bíblica da Pastoral, reunindo 122 participantes, vindos de 31 dioceses de nosso Regional Sul I. Com alegria fomos acolhidos e, aos poucos, o grupo foi crescendo e tornando esta casa mais bonita e aquecida por corações tocados e renovados com a escuta orante da Palavra de Deus e Deus habita este lugar.
Contamos com a presença amiga, generosa e valiosa de 3 assessores: Pe. Boris Augustin Nef Ulloa, Dom Leonardo Ulrich Steiner e Pe. Jânison de Sá Santos. Eles nos convidaram à feliz experiência de abrir os ouvidos, os olhos e o coração para a Palavra de Deus: voz do amor, que nos convida para a missão de viver e anunciar o verdadeiro Amor que se aproximou de nós e se apresentou com o nome Jesus.
Saímos daqui com a certeza de que Deus não desisti de nós.
Quero agradecer a Dom Vilson Dias de Oliveira, Bispo Presidente da Animação Bíblico Catequética do Regional Sul I, por sua presença e apoio, acolhendo e acompanhando as atividades da Equipe de Coordenação da Animação Bíblico Catequética no Regional Sul I
( nosso muito obrigado!).
Agradeço também aos membros da Equipe de Coordenação que deram uma visível e valiosa contribuição para a realização desse evento ( muito obrigado!).
Aos nosso parceiros: Editora Vozes, Paulinas e Loyola, muito obrigado!
Por fim, quero bendizer a Deus pela vida e participação de cada um de vocês ( muito obrigado!).
Se realizamos o 1º Simpósio, abrimos as portas para outras iniciativas... pois, depois do 1º poderão acontecer outros mais.
Muito obrigado a todos! Deus habite o coração de cada um.
Padre Paulo César Gil
Coordenador da Animação Bíblico Catequética Regional Sul 1


“Naquele que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado” 1Jo 2, 5

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Nota de Falecimento de Dom Antonio Maria Mucciolo



 É com profundo pesar e em comunhão de fé e esperança no Cristo Ressuscitado, que a Arquidiocese de Sant’Ana de Botucatu comunica o falecimento, aos oitenta e nove anos de idade, de DOM ANTONIO MARIA MUCCIOLO, Arcebispo Emérito de Botucatu,  ocorrido no dia, 29 de setembro de 2012, às 13h30, na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP).

Seu lema episcopal “Sentir com a Igreja” foi de fato a síntese de sua vida, totalmente dedicada a Deus e a Igreja, não só particular, mas a Igreja do Brasil, e a Arquidiocese de Botucatu agradece a Deus por nos ter dado um tão grande e fiel servidor do Reino de Cristo!
   

Biografia
Dom Antonio Maria Mucciolo nasceu em 01 de maio de 1923, na cidade Castel San Lorenzo na Itália. Seus pais: Francisco Mucciolo e Dona Angelina Passaro, vieram para o Brasil em 1924 com Antonio ainda pequeno, tinha apenas um ano.
A família saiu do país de origem devido a uma ameaça de guerra, inicialmente moraram em São Paulo, e pouco tempo depois mudaram para Sorocaba.
Desde pequeno Dom Antonio mostrava interesse pela igreja e ingressou na vida religiosa ainda criança. Foi coroinha na Catedral da cidade, tendo como seu mentor o Padre André Sobrinho, este que o acompanhou, inspirou e ajudou o pequeno Antonio.
Sentindo o chamado para sacerdócio, recebeu a orientação do Monsenhor Francisco Antônio Cangro e do congregado Mariano da Paróquia São Rafael e Catedral de Sorocaba.
Dom José Carlos do Aguirre, 1º Bispo de Sorocaba, matriculou-o no Seminário de Botucatu, onde estudou de 02 de fevereiro de 1937 a 10 de dezembro de 1939, cursando o ginásio. Seu Reitor, por três anos, foi Dom José Melhado Campos.
Em1940, foi transferido para o Seminário de Sorocaba que abria suas portas naquele ano. Ali, terminou seu curso ginasial, sob o orientador de Monsenhor Luiz Castanho de Almeida. Em seguida, no Seminário maior do Ipiranga, em São Paulo, estudou por 7 anos, cursando filosofia (3 anos) e teologia (4 anos).
Dom Antonio recebeu sua ordenação no dia 04 de novembro de 1934, e sua primeira nomeação foi para o cargo de Vigário Cooperador da Catedral de Sorocaba.
Foi eleito Bispo de Barretos/SP em 1º de junho de 1977. A Ordenação Episcopal se deu em 15 de agosto de 1977, na Catedral de Sorocaba, pelo então Núncio Apostólico D. Carmine Rocco. Tomou posse da Diocese de Barretos em 03 de setembro de 1977. Seu lema sacerdotal era: “Sentire cum Ecclesia” (Sentir com a Igreja).
Ao chegar a Barretos, sentiu em seu coração um desejo de um lugar reservado para oração. Foi então, que idealizou a construção de um Seminário para formar os novos Sacerdotes, uma casa de encontros e um centro de espiritualidade. Com a ajuda de fieis dispostos em proclamar a boa nova nasceu a “Cidade de Maria”. Dom Antonio permaneceu na Diocese de Barretos por 12 anos.
Foi nomeado Arcebispo Metropolitano de Botucatu/SP pelo Papa João Paulo ll em 28 de junho de 1989. Tomou posse no dia 9 de setembro de 1989. Seu trabalho episcopal destacou-se pelas vistas pastorais às paróquias da Arquidiocese; construiu para o clero em Botucatu, a “CASA CURA D’ARS”; Colocou no ar a REDE VIDA de televisão; criou sete novas paróquias na Arquidiocese; organizou e incentivou todo o trabalho pastoral na Arquidiocese, destacando-se a atenção e o zelo na formação dos novos padres. Trabalhou para criação da nova Diocese de Ourinhos - desmembrando-a da de Botucatu.

Renunciou ao governo da Arquidiocese de Botucatu, por limite de idade em 07 de junho de 2000.
Como Arcebispo Emérito não parou, dedicou-se de corpo e alma a Evangelização através da Rede vida de Televisão. Foi presidente do Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã (INBRAC) e toda semana apresentava o programa “Frente a gente”
Que Dom Mucciolo receba agora no Céu a recompensa de todo seu trabalho e doação a favor do Reino de Deus.

Em Cristo Ressuscitado

Botucatu, 29 de setembro de 2012.